Garotas no Comando: A ascensão das mulheres na Indústria da Música Eletrônica
Tradução:
“Olá, damas, meu nome é Justin James e eu sou um DJ americano atualmente tocando pela Ásia e além. Eu também sou dono de uma agência nos EUA e eu contrato DJs mulheres de tempos em tempos. Se você for compatível com os requerimentos seguintes, por favor mande uma mensagem.
“Olá, damas, meu nome é Justin James e eu sou um DJ americano atualmente tocando pela Ásia e além. Eu também sou dono de uma agência nos EUA e eu contrato DJs mulheres de tempos em tempos. Se você for compatível com os requerimentos seguintes, por favor mande uma mensagem.
1. Deve ser habilidosa e
querer viajar
2. Deve ter um presskit eletrônico
3. Fotos para imprensa atualizadas
4. Fanpage (mínimo 5.000 likes)
5. Página no Instagram (mínimo 2.000 likes)
6. Entre 21 e 32 anos de idade
7. Altura: entre 1,58m e 1,73m8. Entre 47 e 54kg
2. Deve ter um presskit eletrônico
3. Fotos para imprensa atualizadas
4. Fanpage (mínimo 5.000 likes)
5. Página no Instagram (mínimo 2.000 likes)
6. Entre 21 e 32 anos de idade
7. Altura: entre 1,58m e 1,73m8. Entre 47 e 54kg
Para caras como esse, existe uma receita de bolo para criar uma “DJane de sucesso” e vender muitos ingressos para suas festas:
Estatura nem muito alta nem muito baixa; rosto bonito, pele bem cuidada, cabelo sempre no estilo e sensual além de, óbvio, magra. As fotos e os outfits dos shows sempre com roupas curtas e poses para lá de expostas. O decote... bem, o decote não preciso nem falar. Até onde vai a imposição dessa estética e em que ponto ela sobrepassa a real função dx DJ.
É como aquele negócio de “Fulano ataca de DJ” (sic) que além de ridículo é maior papelão, oriundo de uma visão bizarra onde a imagem importa mais que a música, onde o profissionalismo importa menos que um nome famoso, a própria Sociedade do Espetáculo' num nível muito ruim.
A foto acima é de um concurso promovido nos Estados Unidos pelo site "djanemag". Tudo isso dá uma idéia do que acontece na indústria da música eletrônica, tomada pela desigualdade. Há estimativas que dizem que, nos lineups mundo afora, nem 10% dxs DJs escalados são mulheres. Eu mesmo peguei os lineups da próxima Tomorrowland Brasil e do último Ultra musicFestival para dar uma olhada. Você nem precisa terminar de ler todos os nomes de Artistas para concluir que que a participação é ínfima, o que confirma a informação, para pior.
Recentemente, ou nem tanto, pipocaram vários eventos no país com lineup exclusivo de DJanes. Um dos exemplos underground disto é o evento GIRL GANG que rola em Curitiba, combinando diversas artes produzidas somentes por mulheres, com foco na discotecagem. (leia mais)
Djane são destaque na Revista Rolling Stone |
"Para quem ama e vive de música, parece ridículo que isto ainda exista, e pior, "funcione" para alguns apelar para exposição ao invés de boas práticas de marketing pessoal."
Então será que
ensinar jovens mulheres a discotecar e produzir pode reduzir a desigualdade na música
eletrônica? É o que discute um artigo publicado pela Thump (leia
mais). Perguntei ao Rafael Araújo, DJ Produtor e um do proprietários da AIMEC
- uma das maiores escolas de DJ do país - sobre a questão: “A AIMEC sempre teve
teve mulhere entre seus estudantes e cada vez tem mais. No que depende de nós elas tem
todo o apoio eu conheço várias de muito talento que passaram por aqui”, afirma.
Confira materias correlacionadas
www.djanemag.com/miss
www.latimes.com/entertainment/music/posts/la-et-ms-coachella-2016-women-artists-20160105-story.html
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